Turquia e Brasil lideram importação de diesel russo após embargo da União Europeia

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03 de abr, 2024 às 15:00
Turquia e Brasil lideram importação de diesel russo após embargo da União Europeia Saiba como a Turquia e o Brasil lideram a importação de diesel russo após embargo da União Europeia. Descubra as tendências do comércio internacional de combustíveis aqui.

Desde o embargo da União Europeia à importação de produtos refinados russos, a dinâmica das exportações de diesel e gasóleo sofreu alterações significativas. Países como Turquia e Brasil emergiram como os principais importadores desses produtos, mantendo uma demanda estável mesmo diante das mudanças no cenário internacional.

As exportações russas de diesel e gasóleo por via marítima registraram uma queda de 4% em março, em comparação com fevereiro, conforme dados da LSEG. Esse declínio ocorreu devido a uma redução sazonal na demanda e à ampla oferta de combustível russo nos meses anteriores. Além disso, as sanções da União Europeia direcionaram as exportações russas para novos destinos, com a Turquia e o Brasil se destacando como os principais importadores.

A Turquia importou cerca de 1,47 milhão de toneladas de diesel e gasóleo da Rússia em março. Enquanto o Brasil recebeu aproximadamente 0,5 milhão de toneladas desses produtos. Por outro lado, as exportações russas para países africanos também registraram uma redução, com destaque para países como Líbia, Tunísia e Egito entre os importadores.

Essa mudança nos padrões de exportação reflete uma nova dinâmica no comércio internacional de combustíveis, com a Rússia diversificando seus mercados em resposta às sanções da União Europeia.

Brasil se torna maior importador de Diesel Russo após embargo da UE

O Brasil viu uma reviravolta no mercado de diesel após a invasão da Ucrânia pela Rússia, levando a União Europeia a cortar laços energéticos com o país agressor. Com o embargo europeu ao diesel russo, o Brasil tornou-se o maior importador desse combustível, um movimento impulsionado pelo dinamismo do setor privado em busca de oportunidades de mercado.

Em 2023, o país importou uma quantidade significativa, representando um aumento de 6000% em relação ao ano anterior. Isso resultou em uma diminuição de preços para os consumidores brasileiros, à medida que os descontos nas importações foram repassados para as bombas. O aumento nas importações não foi apenas uma questão de preço, mas também de demanda crescente. Com a economia em expansão e setores como o agrícola dependendo fortemente do diesel para transporte, as refinarias locais ainda não conseguiram acompanhar a demanda.

A segurança energética tornou-se uma prioridade, especialmente considerando que o Brasil depende fortemente de veículos a diesel para sua matriz de fretes. Apesar dos riscos associados à dependência de um fornecedor estrangeiro e à volatilidade geopolítica, parece provável que o Brasil mantenha sua tendência de importação de diesel russo em 2024. As condições do mercado continuam favorecendo essa opção, com descontos atrativos e uma oferta consistente por parte da Rússia. No entanto, qualquer interrupção nas exportações russas poderia ter um impacto significativo nos preços e na disponibilidade do diesel no mercado brasileiro, destacando a importância de diversificar as fontes de energia no país.