Trump diz que operação dos EUA destruiu estruturas do narcotráfico na Venezuela

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Última atualização:  30 de dez, 2025 às 10:50
Donald Trump afirma que EUA destruíram estrutura de narcotráfico na Venezuela. Imagem: Jonathan Ernst

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que forças americanas destruíram recentemente instalações usadas para o armazenamento e escoamento de drogas na Venezuela. A declaração foi feita na última semana, em conversas públicas e entrevistas, mas ainda não foi confirmada oficialmente pelo Pentágono ou pela Casa Branca.

O suposto ataque teria ocorrido em área costeira venezuelana e faz parte da ofensiva dos EUA contra o tráfico de drogas no Caribe, intensificada nos últimos meses.

Segundo Trump, a operação teria ocorrido há poucos dias e teve como alvo uma estrutura portuária usada por narcotraficantes para carregar embarcações.

Ele não informou a data exata, nem detalhou como a ação foi conduzida. O governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, também não se pronunciou até o momento sobre as declarações.

Declarações sem confirmação oficial

Trump comentou o episódio pela primeira vez durante uma entrevista a uma emissora de rádio nos Estados Unidos.

Na ocasião, afirmou que o país havia “destruído uma grande instalação de onde saíam barcos carregados com drogas”. Dias depois, voltou a falar sobre o assunto, dizendo que houve uma explosão na área do cais e que as forças americanas teriam atingido também embarcações ligadas ao esquema.

Apesar das declarações, nenhum órgão oficial dos Estados Unidos confirmou publicamente a operação. O Pentágono e a Agência Central de Inteligência (CIA) não divulgaram informações, e a Casa Branca evitou comentar os detalhes. A falta de confirmação reforça as incertezas sobre a extensão e a natureza da ação.

Possível primeiro ataque em solo venezuelano

Se confirmada, a ação representaria a primeira intervenção terrestre dos Estados Unidos na Venezuela desde o início da campanha de pressão militar e econômica contra o governo Maduro.

Até agora, a ofensiva vinha se concentrando principalmente em operações navais e aéreas, com ataques a embarcações suspeitas de transportar drogas no Caribe e no Oceano Pacífico.

Nos últimos meses, dezenas de barcos foram interceptados ou bombardeados pelas forças americanas sob a justificativa de combate ao narcotráfico.

Segundo o governo dos EUA, essas ações fazem parte de uma estratégia para reduzir o fluxo de drogas que chega ao território americano. No entanto, provas públicas ligando todas as embarcações atingidas ao tráfico não foram divulgadas.

Escalada de tensão entre EUA e Venezuela

As declarações de Trump ocorrem em um contexto de forte deterioração das relações entre os dois países.

Desde agosto, Washington intensificou a pressão sobre Caracas, ampliando sanções, reforçando a presença militar no Caribe e classificando o chamado Cartel de los Soles, grupo que os EUA dizem ser liderado por Maduro, como organização terrorista.

O presidente venezuelano nega as acusações e afirma que os Estados Unidos usam o combate às drogas como pretexto para interferir no país e tentar controlar suas reservas de petróleo.

O governo venezuelano também classifica as ações americanas como ilegais e uma violação da soberania nacional.

Bloqueio naval e impacto regional

Além das operações militares, os EUA anunciaram recentemente um bloqueio mais rígido a navios petroleiros ligados à Venezuela.

Algumas embarcações já foram apreendidas ou interceptadas no Caribe, o que aumentou a tensão diplomática e gerou preocupação em países da região.

Especialistas em relações internacionais alertam que a escalada pode trazer impactos não apenas políticos, mas também econômicos.

A instabilidade afeta o comércio marítimo, o mercado de energia e a segurança regional, além de aumentar o risco de confrontos diretos.

Repercussões econômicas e de mercado

No mercado internacional, as tensões entre EUA e Venezuela são acompanhadas com atenção por investidores, especialmente no setor de energia.

Qualquer agravamento do conflito pode influenciar o preço do petróleo, já que a Venezuela possui uma das maiores reservas do mundo.

Analistas destacam que, embora o discurso de Trump tenha foco no combate ao narcotráfico, as medidas adotadas também têm efeitos econômicos claros, tanto para a Venezuela quanto para parceiros comerciais.

A combinação de sanções, bloqueios e ações militares aumenta a incerteza e pode afetar fluxos comerciais e investimentos na região.

Enquanto isso, a comunidade internacional segue aguardando confirmações oficiais sobre o suposto ataque e observando os próximos passos dos dois governos, em um cenário que continua marcado por tensão, desconfiança e impactos que vão além da esfera política.

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Carolina Gandra

Jornalista do portal Melhor Investimento, especializada em criptomoedas, ações, tecnologia, mercado internacional e tendências financeiras. Transforma temas complexos como blockchain, inteligência artificial e estratégias de mercado em conteúdos acessíveis e envolventes. Com análises atuais e visão estratégica, ajuda leitores a decifrar o futuro dos investimentos e identificar oportunidades no mercado financeiro.