Engie (EGIE3) autoriza estudos para transferência das ações da Jirau Energia

A Engie Brasil Energia (EGIE3) autorizou estudos de viabilidade para a possível transferência da totalidade das ações da Jirau Energia.

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15 de dez, 2025 às 17:15
Logomarca da empresa de energia Engie (EGIE3) em uma placa branca contra um céu claro, focada na palavra "engie" em azul. Imagem: REUTERS/Stephane Mahe

A Engie Brasil Energia (EGIE3) autorizou a realização de análises e estudos de viabilidade para a transferência da totalidade das ações da Jirau Energia, conforme decisão tomada pelo conselho de administração da companhia. A medida foi comunicada ao mercado por meio de fato relevante divulgado nesta sexta-feira e marca um novo passo na avaliação estratégica dos ativos da empresa no setor de geração de energia.

A decisão ocorre em um momento de reorganização e revisão de portfólio por parte da Engie, que busca avaliar alternativas capazes de otimizar sua estrutura societária e financeira. Embora ainda não haja definição sobre o formato da eventual operação, a companhia destacou que o processo seguirá critérios técnicos e de governança corporativa.

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O conselho de administração da Engie autorizou a adoção de todas as providências necessárias para viabilizar estudos técnicos, jurídicos e financeiros relacionados à possível transferência integral das ações da Jirau Energia, empresa responsável pela operação da Usina Hidrelétrica de Jirau, localizada no rio Madeira.

A autorização não implica, neste momento, uma decisão definitiva sobre a realização da transação. Segundo a companhia, trata-se de uma etapa preliminar voltada à avaliação da viabilidade econômica e estrutural da operação, incluindo diferentes alternativas que possam ser consideradas.

Criação de comitê independente para transações com partes relacionadas

Como parte do processo, a Engie também aprovou a instalação de um Comitê Especial Independente para Transações com Partes Relacionadas, mecanismo de governança destinado a reforçar a transparência e a imparcialidade das análises.

O comitê terá como atribuição assessorar a administração da companhia durante os estudos, além de emitir recomendações formais sobre as possíveis estruturas de implementação da operação. A criação do colegiado segue boas práticas de mercado, especialmente em situações que envolvem potenciais conflitos de interesse ou operações de maior relevância estratégica.

Esse tipo de comitê é comum em companhias abertas e busca proteger os interesses dos acionistas, assegurando que qualquer decisão futura seja tomada com base em critérios técnicos e alinhados às normas regulatórias.

Por que a Engie avalia a transferência das ações da Jirau

A análise sobre a transferência das ações da Jirau Energia está inserida no contexto de avaliação contínua do portfólio da Engie Brasil Energia. Empresas do setor elétrico frequentemente revisam seus ativos com o objetivo de melhorar eficiência operacional, reduzir riscos ou realocar capital para projetos considerados prioritários.

Embora a companhia não tenha detalhado os motivos específicos que levaram à decisão, o movimento pode estar relacionado a fatores como estratégia de investimentos, estrutura de capital, foco em determinados tipos de geração ou ajustes societários. Até o momento, a Engie não informou se a eventual transferência envolveria venda, reorganização interna ou outra modalidade.

Empresa ainda não divulgou impactos financeiros ou cronograma

A Engie ressaltou que não há definição sobre impactos financeiros, tampouco um cronograma para a conclusão dos estudos ou eventual implementação da operação. Qualquer decisão futura dependerá das conclusões das análises em andamento e das recomendações do comitê independente.

A companhia também reforçou que novas informações serão divulgadas oportunamente, em conformidade com as regras de transparência aplicáveis às companhias listadas na B3.

Engie aprova distribuição de juros sobre capital próprio

Além da decisão envolvendo a Jirau Energia, a Engie Brasil Energia informou que o conselho aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no valor total de R$ 100 milhões.

O montante corresponde a R$ 0,088 por ação e será distribuído aos acionistas conforme as condições e datas que ainda serão detalhadas pela companhia em comunicados futuros. A distribuição de JCP é uma prática recorrente entre empresas brasileiras como forma de remuneração aos acionistas, com vantagens tributárias em relação aos dividendos tradicionais.

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