Fundos imobiliários com melhor desempenho disparam até 80% no 1T25

Depois de um 2024 desafiador, os fundos imobiliários com melhor desempenho surpreenderam o mercado no início de 2025, impulsionados por um mês de março particularmente positivo.

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12 de abr, 2025 às 18:30
Fundos imobiliários com melhor desempenho disparam até 80% no 1T25 Fundos imobiliários com melhor desempenho disparam até 80% no 1T25

O ano de 2025 começou com o pé direito para os investidores de FIIs (fundos de investimento imobiliário). Após um 2024 marcado por instabilidade e baixa performance no setor, o IFIX, principal índice de fundos imobiliários da B3, registrou valorização de 6,32% no primeiro trimestre, reflexo direto do bom desempenho das cotas em março.

Essa recuperação não passou despercebida. De acordo com um levantamento da Quantum Finance, diversos ativos tiveram forte valorização no período, com alguns fundos ultrapassando a marca dos 70% de retorno em apenas três meses. A liderança ficou com o Polo Recebíveis Imobiliários I (PLRI11), que entregou um impressionante ganho de 79,38% no acumulado de janeiro a março.

Fundos imobiliários com melhor desempenho em 2025: quem liderou os ganhos

A virada de cenário para os FIIs neste início de ano ocorreu principalmente por dois fatores: a melhora nas expectativas macroeconômicas — como a redução dos juros e o maior apetite ao risco — e o bom desempenho de ativos ligados a recebíveis e logística, que ganharam tração com a retomada do consumo e do crédito.

Veja abaixo os 10 fundos imobiliários com melhor desempenho no 1º trimestre de 2025:

Nome do AtivoTickerRetorno
Polo Recebíveis Imobiliários I FIIPLRI1179,38%
Loft II FIILFTT1167,64%
Vida Nova FIIFIVN1145,81%
BTG Pactual Terras Agrícolas FIIBTRA1138,44%
REC Logística FIIRELG1133,26%
Santander Renda de Aluguéis FIISARE1128,59%
Via Parque Shopping FIIFVPQ1126,73%
Bluemacaw Logística FIIBLMG1125,94%
REC Renda Imobiliária FIIRECT1125,80%
Santander Papéis Imobiliários FIISAPI1123,56%

Esses fundos refletem o crescente interesse do mercado por ativos que oferecem tanto valorização quanto distribuição de rendimentos. Fundos com foco em recebíveis imobiliários, como o PLRI11, e em logística, como o RELG11, se destacaram pelo alinhamento com setores resilientes e em crescimento.

Dividendos também animam: veja os fundos que mais pagaram no trimestre

Além da valorização das cotas, muitos investidores também acompanharam de perto o desempenho dos FIIs em termos de distribuição de dividendos. Neste aspecto, o destaque absoluto foi o Brio Real Estate III (BRIP11), com um dividend yield acumulado de 12,62% no trimestre — resultado muito acima da média do setor, que variou entre 4% e 6%.

Confira o ranking dos 10 FIIs com os maiores dividend yields nos três primeiros meses de 2025:

Nome do AtivoTickerDividend Yield
Brio Real Estate III FIIBRIP1112,62%
Hectare CE FIIHCTR116,46%
Valora Renda Imobiliária Resp LimitadaVGRI115,15%
Riza Akin FIIRZAK115,15%
Edifício Almirante Barroso Resp LimitadaFAMB114,83%
Gazit Malls FIIGZIT114,82%
CRI Integral BREI FIIIBCR114,51%
Kinea Oportunidades Real EstateKORE114,41%
Banrisul Novas Fronteiras FIIBNFS114,40%
Devant Recebíveis Imobiliários FIIDEVA114,27%

A performance sólida desses ativos evidencia como os fundos imobiliários com melhor desempenho também têm se mostrado alternativas interessantes para quem busca renda passiva por meio de dividendos mensais.

O que explica a recuperação dos FIIs em 2025

A melhora no desempenho dos FIIs está diretamente relacionada ao ambiente macroeconômico mais favorável. Com a expectativa de corte nos juros pelo Banco Central e um cenário de inflação controlada, os investidores voltaram a olhar com mais atenção para ativos de renda variável ligados ao setor imobiliário.

Além disso, a diversificação dos fundos, que incluem segmentos como logística, shoppings, lajes corporativas e recebíveis, proporciona diferentes estratégias e oportunidades, conforme os ciclos da economia.

Outro fator importante foi a maior procura por fundos com boa gestão e portfólio sólido. Ativos com alta qualidade de crédito e vacância reduzida saíram na frente, reforçando a importância da análise fundamentalista na escolha dos investimentos.